
Por: Samira Alecrim - Especialista AuraPura.
Ao desvendar os mistérios do Tarô de Aleister Crowley, é impossível não se render à
importância de Lady Frieda Harris. O que começou como um projeto que deveria durar
aproximadamente cinco meses, estendeu-se por cinco anos. E essa extensão toda? É o reflexo
do papel feminino decisivo na concepção de um tarô totalmente novo.
A intenção original de Crowley era atualizar os símbolos do tarô de Marselha,
colocando seu vasto conhecimento esotérico, aos que inclui os elementos da astrologia,
alquimia, numerologia, Cabala e do sistema mágico das filosofias espirituais, cujo intuito de
criar um tarô que fosse um espelho de sua compreensão profunda do universo místico.
É nesse cenário que entra Lady Frieda Harris, uma artista já imersa em estudos
místicos. Ela não apenas se interessou, mas se apaixonou pelo sistema de Crowley. Em troca
de mergulhar em seus ensinamentos esotéricos, ela ofereceu seu talento artístico e sua mente
perspicaz.
A colaboração entre esses dois foi mais do que intensa, foi verdadeiramente
transformadora. Imaginem só… um trabalho que deveria ser rápido, de apenas cinco meses,
se alongou por mais de cinco anos. Frieda Harris, mesmo sendo casada com um político
influente, dedicou-se de corpo e alma ao projeto. Sua imersão no sistema de Crowley foi tão
profunda que culminou em sua iniciação na Ordo Templi Orientis (O.T.O.). E aqui reside um
detalhe crucial que revela a profundidade dessa parceria, enquanto Arthur E. Waite não
iniciou Pamela Colman Smith na ordem da Golden Dawn, Crowley fez questão de formalizar
a iniciação de Frieda Harris. Isso mostra o quanto ele valorizava sua contribuição e a via
como uma verdadeira parceira espiritual e criativa.
O que começou como uma simples releitura artística, transcendeu as expectativas. O
Tarô de Thoth se tornou muito mais do que um baralho de cartas, é uma síntese do
pensamento esotérico de Crowley e da sensibilidade estética e espiritual de Frieda Harris.
Cada uma das 78 cartas é um convite a uma camada profunda. Elas carregam camadas
simbólicas complexas, abrindo portas para o estudo de sistemas como a astrologia, o
magismo, a alquimia, Árvore da Vida da Cabala e entre outros.
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Essa história nos lembra que, muitas vezes, as maiores obras nascem de colaborações
inesperadas e de uma dedicação que desafia o tempo. O Tarô de Thoth é um testamento vivo
da união de duas mentes brilhantes, que juntas, criaram algo que continua a fascinar e guiar.
Samira, que delícia mergulhar nas suas palavras!
Ao ler sobre Lady Frieda Harris, senti como se estivesse diante de um espelho que reflete o poder da criação feminina. Ela não apenas ilustrou o Tarô de Thoth — ela o fez respirar. É como se cada traço carregasse a intuição, a sensibilidade e a força que tantas de nós colocamos nas obras e vivências que criamos.
O seu texto me lembrou que, quando unimos técnica, entrega e alma, o resultado sempre transcende o planejado… e toca a eternidade.
SAMIRA ARRASA COMO SEMPRE! 🧙♂️💫
Artigo muito bom e necessário para ser celebrado como uma grande contribuição do papel feminino na magia!
O papel das mulheres no esoterismo é algo que precisa sempre ser lembrado!